Estava aqui em casa começando a separar o que pretendia levar para Guará para fazer aquele brechó Old Scholl e descobri que tenho muito mais coisas guardadas do que imaginava!!! Seria necessário pelo menos um caminhãozinho prá caber as tralhas todas! Assim resolvi fazer uma rápida seleção e levar algumas coisas legais. E encontrei algumas preciosidades dignas de um leilão! As primeiras Thrasher em formato tablóideColeção da Brasil Skate, com as 3 edições lançadas em 1978 Figurinhas do Album Overal Skate Stamps Edições do Jornal do Skate
Este fim de semana, dias 6 e 7 de dezembro, vai rolar em Guará aquele encontro tradicional dos Old School. Aproveitando o embalo, estou levando toda a minha memorabília de skate e afins para colocar na roda de quem estiver interessado. Revistas gringas e brasileiras, camisetas, adesivos, VHS, CDs, tudo a preços simbólicos. O objetivo é colocar para circular esse grande montante de informação de parte da história para que as novas gerações tenham um melhor conhecimento do todo. Afinal se quer saber que causas foram feitas no passado, observe os resultados que se manifestam no presente. E se quer saber que resultados serão manifestados no futuro, observe as causas que estão sendo feitas no presente.
Estou indo para São Paulo na semana que vem para trabalhar no evento da Megarampa, que vai ser no Sambódromo nos dias 22 e 23 de novembro. A minha função é computação das notas. Você sabe qual é o regulamento da Mega? Como acontece a competição? São duas fases. A 1a é chamada de "Selection" e conta com 9 skatistas sendo que apenas os 4 melhores avançam para a próxima fase. Na "Selection", cada skatista tem direito a 6 descidas, valendo apenas a melhor para efeito de classificação. A próxima fase já é a Final e conta com 7 skatistas, os 4 qualificados na "Selection" que se juntam aos 3 pré classificados Bob Burnquist, Danny Way e Jake Brown. Na fase Final cada skatista se apresenta 8 vezes, sendo que 4 descidas são no gap de 50 pés (14 metros e 24 centímetros) e as outras 4 no gap de 70 pés (21 metros e 33 centímetros). De cada skatista, a melhor descida em cada gap é selecionada e o resultado final é o somatório dessas 2 notas. Para quem está a fim de ver de perto, é só entrar no site da Oi Megarampa e preencher o cadastro para garantir o ingresso. Aproveitando o embalo, mando aqui o Vídeo da Semana, uma visita à Megarampa do Bob, na Califórnia.
Para quem não teve de chance de ver no Woohoo, ou quer rever, aqui está a 1a etapa do Oregon Trifecta 2008, que aconteceu na pista de Lincoln City que teve como campeão da categoria profissional o carioca Bruno Passos. Já na masters quem levou foi Buck Smith e na feminino, Julie Kindstrand. Lincoln City é considerada uma das pistas responsáveis pela revolução dos skateparks do século XXI. Se você ainda não tem o Woohoo e deseja assinar o canal, saiba como fazer clicando aqui.
Esta foto foi retirada do site Concrete Disciples na matéria sobre os campeonatos Oregon Trifecta. Se ligue no Woohoo e acompanhe os programas especiais com cada uma das 3 etapas do evento: Dia 7 de Outubro - Lincoln City Dia 5 de Novembro - Tiggard Dia 3 de Dezembro - Battleground
Parece que finalmente chegou à nossa terrinha o conceito de que pistas de skate são centros de desenvolvimento de toda uma linha de pensamento onde o andar de skate é o objetivo principal. Quando olho São Bernardo, realmente começo a a acreditar que agora a coisa vai.
Mas ao mesmo tempo quando vejo notícias nos sites e revistas da construção de novas "pistas de skate", fico triste em ver que a visão de "pista de skate" por aqui ainda é aquele velho e cansado esquema de alguns quarters, rampas retas, funboxes, caixas e caninhos.
Tirando algumas raras execeções, a maioria das pistas carecem de curvas e áreas para se fazer linhas e que não sejam simples criadores de skatistas yô-yôs. Acabo de voltar de uma viagem aos EUA onde fui cobrir 4 campeonatos de bowl para o Woohoo, assim como para gravar algumas das pistas de skate modernas que estão sendo construídas na terra mãe do skate. Vi e andei em cada pista que nem em sonho poderia imaginar de existir! Lincoln City, Battle Ground, Tigard, Roseburns, Burnside, San Pedro, Washington Street, Belvedere, Chino, Glendale, San Jose, Newberg, Beaverton, Aumsville, Hood River ... a lista é enorme. Para ver a realidade do skate atual em transição, procure dar uma olhada em sites como: Concrete Disciples SoCalSkateparks Grindline Caliskatz SkateBoardPark Dreamland Skate Oregon Skaters for Portland Quando será que os olhos por aqui serão abertos para o que está acontecendo? Estamos vivendo o novo boom das pistas de concreto. E os desenhos são cada vez mais criativos, com cradles, pipes, oververts, snakes, pockets e muitas, muitas curvas. E são construídos e desenhados por skatistas que vivem o skate 24/7.
Depois de cobrir 4 campeonatos de Bowl em Oregon, Washington e San Francisco, fazer muitas entrevistas, gravar algumas das pistas de concreto, visitar o QG da Thrasher Magazine, documentar a histórica pista de Burnside e acompanhar algumas sessions em piscinas, estou de volta à terrinha com aproximadamente 17 horas de material! Portanto se você é assinante do Woohoo é só ficar ligado que as novidades logo vão estar na programação do canal.
No momento estou nos EUA, onde vim cobrir para o Woohoo o Oregon Trifecta, uma série de 3 campeonatos em 3 dias seguidos em 3 pistas diferentes, e um detalhe - pistas de concreto, OK?
Depois do Trifecta sigo até San Francisco registrando mais skateparks de cimento. A parada seguinte é Los Angeles para mais pistas e piscinas. Portanto fique ligado no Woohoo para as novidades.
As fotos são na famosa pista de Burnside e são do meu amigo Otavio Neto que já estava aqui na América, e agora juntos vamos seguindo na "missão" da busca do skate na terra das transições.
No dia dos pais recebi um tremendo presente: uma matéria sobre skate longboard no jornal O Globo trazendo uma foto minha com a minha filha Alice. O comentário da pequena foi: " Pai, se eu soubesse andar de skate a gente sairia na capa!"
Tonel, skatista das antigas do Rio Grande do Sul me enviou o link no You Tube da entrevista que fez comigo durante o Swell Old Is Cool, que rolou em Viamão.
Em Maio participei do programa Papo Reto, do canal Woohoo. A entrevista foi feita por Ricardo Bocão. Conversamos sobre skate, TV e mais... Foi bem legal! Click e assista.
Participei do Old Is Cool no recém construído New Love Bowl do Swell Skate Camp, RS. O que rolou foi literalmente um show de Skate e de amizade. Na minha categoria, Legends, tinham 25 inscritos e terminei o evento na 11ª posição. Fazendo as contas, deixei 14 “jovens” prá trás, já que eu era o mais velho na competição, com meus 52 anos... mas ainda gastando os eixos!
“You're Never Too Old To Rock 'n' Roll If You're Too Young To Die” é o título de um texto que escrevi em 2008 sobre como via o Skate até então. Alguns sites e blogs como Tribo, Skate é Cultura, Skaters e Os Melhores do Downhill Slide publicaram e colocaram em discussão o assunto. Leia e opine também! You're Never Too Old To Rock 'n' Roll If You're Too Young To DieA música na era pré punk começou a ficar muito complicada... foi a era do progressivo com bandas com 8 teclados, uma penca de guitarras com trocentos pedais, 5 sets de baterias, sinos, canhão... Aí você ia a um show e via aquela parafernália toda e falava "nossa! Eu nunca vou fazer isso! Isso é muito complicado...blá blá blá" e ficava vendo de longe, passivamente. Corta para o punk rock. 1, 2 3 e rock 'n' roll. Cru. Baixo. Bateria. Guitarra. Básico. Divertido. Muitos passam a fazer também. Do it yourself. Mudou tudo. Corta pro skate moderno. Manobras, manobras e manobras. 540, 900, switch, flip body varial crooked reverse... Você vai a um campeonato e diz "nossa! Eu nunca vou fazer isso! Isso é muito complicado...blá blá blá" e fica vendo de longe, passivamente. Corta para o ressurgimento do longboard. Vento na cara. Rodas no chão. Corta para as pistas de skate do século XXI. Nesse novo século milhares de pistas de skate de verdade brotam - PISTAS e não palquinhos com ferrinhos e afins (só na Amérika já são mais de 2000!), curvas e mais curvas e transições e mais transições. Velocidade. Linhas. Manobras em linhas. O skate volta a andar novamente. Rápido. O skate volta a ser acessível e divertido.
Creio que o excesso de dificuldade no vert e street foi também o catalisador para que modalidades que quase nunca recebem cobertura de revistas e vídeos voltassem com força nova, como o downhill speed e o slalom, este último ressurgindo aos poucos com alguns amigos promovendo corridas de fim de semana até chegar aos grandes campeonatos mundiais como o de Hannover ou o de Paris, que é realizado no Trocadero, com a Torre Eifeil ao fundo. Hoje, uma turminha seleta foca no profissionalismo e não na diversão. São os famosos "atletas". É o skate "técnico". E para esses, ser skatista é aprender uma manobra nova a cada dia, explorar novos picos, evoluir fotografar e filmar, filmar e filmar. Assim sendo, caras como Salba, Darrel e Alva, que andam constantemente em piscinas, em sessions insanas, não são mais "Skatistas...". Isso sem falar nos caras do downhill botando pra baixo à milhão, sem dó ou piedade ou a galera que acelera forte por entre os cones e ladeiras. Ou me diga quando foi que estes caras aprenderam uma manobra nova? Para mim, ser skatista significa simplesmente gostar de andar de skate e a meu ver não tem nada a ver com ter de aprender manobras, evolução técnica constante ou skate profissional. É vento na cara, deslizar por uma superfície rígida, controlando a velocidade, numa quase emulação do surf, que foi de onde surgiu o skate.
Ultimamente, parece que quase não se anda de skate mais. Se treina, ou então se “trabalha”. Aí tendo a necessidade de haver fotógrafos, filmadoras, gerador e etc., para que se possa registrar a "evolução".** Com essa visão, o rolé de longboard pelo calçadão, aquela descida maneira na ladeira com amigos de fé, uma pegazinho de slalom, uma session numa pista de skate (estou falando de transições) só andando e curtindo linhas e o próprio rolé não são considerados skate... Então é o que? Skate é algo muito maior que apenas manobras. É um estilo de vida, instrumento de prazer, uma forma de expressão INDIVIDUAL, suor, alegria, amigos, viagens e mais, muito mais. E cada um tem a liberdade de fazer do seu jeito. Que tal discutirmos isso? Cesinha Chaves 52 anos (em 2008...) Produtor de TV. Anda de skate desde criancinha e adora curvas e velocidade.
* Você nunca é velho demais para o Rock'n'Roll se é jovem demais para morrer” - trecho da música de 1976 "Too Old to Rock 'n' Roll: Too Young to Die" do grupo Jethro Tull).
** Depois de inúmeras tentativas, finalmente acertar uma manobra inédita num local que ninguém tenha acertado ainda, tudo sendo registrado em vídeo e foto, e nunca mais ter de repetir (fazer de novo, ou acertar de novo...) a mesma manobra no mesmo local.
Olha que legal! Saí na capa da edição 23 da revista SKT, cujo tema é "O Skate Depois dos 30". A manobra é um Tail Block, e a foto foi tirada pelo Dhani Borges na pista da Praça do Ó, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
A VBS.TV (www.vbs.tv), que faz a série chamada Epicly Later’d, acaba de lançar um DVD apenas com o episódio do John Cardiel mostrando a vida desse skatista extraordinário, que depois de um acidente na Austrália ouviu dos médicos que nunca mais iria caminhar de novo... e John provou que eles estavam errados! No documentário há várias cenas de Hellride, Brazil 94, um vídeo que fiz durante a visita de Julian Stranger, Joe Tershay, Jake Phelps e John Cardiel ao Brasil. Os 30 próximos a comprar Light, Love & Death, levam de bônus um DVD com John Cardiel.
Estou fazendo o CeXa's Podcast, colocando na Internet matérias sobre skate em piscinas, um lado do skate pouco divulgado e que sempre curti muito. Vou caçando e editando as piscinas que registrei durante esses anos de trabalho com skate na TV. Confira os episódios aqui e assine em www.cexa.podomatic.com
Coleção da Brasil Skate, com as 3 edições lançadas em 1978
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